Acabo de ouvir um conselho sobre a importância de assumir e reconhecer os próprios defeitos.Logo eu!
Eu que ao longo da vida sempre fui a maior crítica de mim mesma.Eu que supervalorizo meus erros como poucos fazem. Eu que sou esse arquivo ambulante de culpas e auto punições.
Não que exista algum mérito nisso.Fiscalizar-se todo tempo.Buscar em si a vilania das próprias histórias. Boicotar-se nas escolhas.Dramatizar como se fracassar ,dizer adeus ou perder, fossem mortes (e não são?) Chorar antes, durante e depois.
Pensar demais tem me feito um mal danado e não quero que isso se confunda com a própria vida , porque tudo que a gente quer é que viver faça bem e de alguma forma, que compense.
Nunca é fácil olhar pra dentro.Cutucar a própria ferida.Pior, não é fácil se reconhecer autor dos próprios fracassos e desilusões, sobretudo aqueles que se referem aos afetos.
O palpável, o “técnico”, doem numa outra dimensão.Mas e a alma? Não entra em gaveta alguma, não tira férias, não descansa aos domingos, não conhece feriados.Aonde quer que eu vá ela vai junto, grita, exige, adoece..
Faz tempo que deixei de acreditar em méritos.Eu mereço um amor que nunca tive, um emprego que nunca tive, a atenção de alguns que nem sabem por onde ando e como ando.Mérito?Se tudo que vivo for realmente fruto de algum merecimento, então de fato não reconheço meus defeitos, nem sei quem sou.
Sou uma decepção e não sei? Me recuso acreditar. Aliás, eu nunca vou acreditar !
Definitivamente, meus erros estão todos despidos diante de mim, e não contente, ainda os vejo com lentes de aumento.Carrego a ansiedade na veia.Não piso, dou saltos.Entre o que é certo e o que desejo meto os pés pelas mãos, demoro a aceitar o óbvio.Sofro pelo que não me diz respeito.Não respiro fundo antes de desabafar, rejeito o “deixar pra depois” e nunca aprendi que a indiferença pode ser um tesouro.
O que realmente sei e sinto(e que infelizmente não faz muita diferença)é que meus defeitos não são tão feios assim, não ferem aos outros como ferem aqui dentro, muito menos desumanos.E talvez, um tanto inocentemente, tente justificá-los em sua fonte ( o coração) e fazer disso, ou tentar pelo menos, minha maior ou única defesa. .
A verdade é que entre erros e acertos, me resta acreditar no que ainda não existe, como um milagre.Ou tenho uma outra escolha?.
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