4/01/2014

Porque parei de escrever.



Não precisa me pergunta porque não escrevo mais. Ou não escrevo como antes. Vou tentar explicar.
Inspiração? também. Mas a verdade é que nem me esforço.Perdi a vontade de contar história, levantar hipóteses, questionar, sofrer em cada linha, dividir meus sentimentos com o mundo.
Pensar demais é sofrer. E eu passei muitos anos da minha vida pensando demais e escrevendo demais.Não saber de nada ou saber o suficiente,  é ser menos infeliz e eu escolhi assim : ser menos infeliz.
Essa semana, durante uma troca de e-mails, li o seguinte : " (...) aceite sem questionamentos.Há coisas que não devemos tentar entender, simplesmente aceitar". E sabe o que entendi, além de tudo que era pra entender? que isso é um sinal.Sinal que quando eu ameaço voltar ao confronto com o inexplicado, só tenho a perder.Melhor desencanar e isso faz um sentido absurdo pra quem escreve.Quem escreve, prefere entender tudo ou tentar entender alguma coisa, escrevendo ( dããaa) - É escrevendo que colocamos os pensamentos em ordem, desembaralhamos conflitos, desabafamos, jogamos ideias contra a parede.
Pessoas extremamente sensíveis são venenosas a si mesma.Não ferimos uma mosca.Mas nos ferimos como ninguém. E ser masoquista numa altura dessas da vida, não dá.Eu não quero mais, e mais do que querer, preciso não me ferir. 
"Fabi, sinto falta suas crônicas românticas e de relacionamento" - Obrigada mesmo! Mas eu não.Eu sinto falta de amar alguém, mas não sinto falta da dor que inspirou as coisas mais bonitas que modestamente escrevi. Dor de amor só serve pra fazer você escrever coisas tristes/bonitas. E eu definitivamente, tô cansada de tudo que é contraditório num nível assim. Triste e bonito só tem valor no papel ou na tela do computador. 
Pra ser sincera, essa birra não é só com o amor romântico. As pessoas de forma geral começaram a me deixar com preguiça. É muita mentira, muita maldade. As pessoas não são quem dizem ser ou fazem parecer que são.E eu me recuso ficar divagando sobre isso, buscando justificativas ( se é que existem ).
Então, vou fazendo de conta.Deixo na base da superficialidade, que é onde os relacionamentos hoje em dia conseguem chegar. O que é importante, deixo guardado ou se é pra resolver,  resolvo na surdina.
Quem sabe num outro momento.Um outro eu.Num outro tempo.Um outro amor.Quem sabe...Por enquanto, é uma bobeira aqui, uma futilidade acolá e todo resto, guardado e estático no coração.

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